Luz colorida, gente bonita e eu com uma câmera.

 Agora, acho que somos velhos punks.

Nem eu sabia o tanto que eu tava de saudade de um festivalzinho de rock Taquariano. Voltei pra cá a pouco tempo e pra além de ser um rolê de rever algumas das bandas de maiores sucesso da minha adolescência também tive a sorte de rever algumas das personalidades mais icônicas das quais eu tenho memória dos meus tempos de jovem punk. O Robinho, o Ricardo, o Kahue, o Lenen, a Amanda, o Biel, o Carlos, a Suelen, o Apocalipse e o Pedrão foram algumas das pessoas que marcaram profundamente a minha passagem por TK no começo da década passada. Daora de mais da conta ver essas pessoas de dez ou onze anos atras, dar uns abraço e trocar umas ideias. 

Eu não sei exatamente onde eu quero chegar com esse texto, mas acho que a ideia é apontar que tinha um tipo muito específico de nostalgia pra mim nesse evento, misturada com saudades, alegria e uma sensação quase mágica de receber os abraços, o carinho e a saudade de gente que eu não via a tanto tempo. Todas as vezes em que eu trombei o Ricardo desde que voltei pra cá ele me dizia que o Pedrão seguia o mesmo Pedrão e eu não entendia muito bem o que ele queria dizer até eu encontrar o Pedrão. De repente, eu tinha quinze anos de novo e tava todo mundo rindo como um bando de bobo fazendo barulho de peido com a boca e dando risadinhas divertidas. Foi um dia de sentir dor nas bochechas de tanto sorrir. 

Pra além do pessoal mais novo e das bandas que eu ainda não conhecia, assistir a CSD e as Cólicas de Helen tocando foi uma outra viagem pra adolescência e perceber que eu ainda sabia várias das músicas foi uma constatação divertida. Rí horrores em vários momentos e me emocionei com a fala do Robinho no show da Cólicas relembrando os amigos que se foram e a causa nobre que originou o rolê. Até que chegou o momento onde eu tive que soltar a câmera e entrar na roda punk - outra coisa que eu não fazia a muito tempo e que renovou o meu espírito de um jeito que acho difícil de explicar. 

Eu sabia que o rolê ia ser esteticamente interessante e fotografar rolê é uma coisa que eu gosto muito de fazer. A luz tava linda, tinha muita gente maneira e eu me diverti pra caramba procurando e registrando boas imagens. Perdi alguns focos estourei algumas luzes e de uma maneira bastante específica sinto que consegui colocar um pouco das mãos ao redor da vibe desse evento e trazer um pouco disso a tona. Não fotografei tudo porque me distrai um bom tanto curtindo, falando e ouvindo com muita gente muito legal e porque voltei pra casa um pouco antes do fim da festa pra plantar cebolas. 

Em dias assim é bom de mais estar vivo! Cheguei no rolê tranquilo e saí de lá muito bem. Deixo meus agradecimentos à organização, aos patrocinadores e a quem colou e fez o rolê acontecer. Tamo junto e é nóis.