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Mostrando postagens de agosto, 2023

Jackman do Jack Harlow tocando ao fundo.

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Eu comecei a animar em 2018. Demorei a aceitar que eu podia aprender. Também tenho demorado pra aprender. Não da pra dizer que eu não tô aprendendo. Uma vez o Pellegrin disse em uma aula de pintura que pra desenvolver um trabalho foda era necessário trabalhar bastante e eu fico feliz em perceber o quanto eu tenho trabalhado.  Tenho desenhado mais, escrito mais, animado mais, pintado mais, saído mais, rimado mais e conversado com mais gente. Me lembro do Vicente dizendo que ia tirar uns anos pra entrar dentro da caverna. Agora tá chegando a hora da gente começar a se mexer, os guri tão bem nutrido e começando a se alongar. Daqui a pouco nós tâmo na rua.  Dia desses, conversando sobre as minhas ansiedades com a Bárbara ela me olhou no grão do olho e me perguntou como se fosse a coisa mais simples do mundo "porque é que tu não pede ajuda?" - eu chorei um pouco pensando nisso nesse dia. Lembrei de ter dito algo parecido pro Pedro a um tempo atrás.  Ouvi um teólogo velhinho numa c

O que não é fim é pausa.

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Tenho aprendido a diminuir os tamanhos. Fazer pequeno e descobrir o possível tem me ajudado a compreender melhor os meus limites e as minhas faltas. Tenho sentido a necessidade de um pouco mais.  Desenhar no paint foi parte de um processo interessantíssimo de descoberta e reconhecimento do meu próprio desenho, dos meus temas e de como desenhar as vezes não é nada além de um constante processo de encontros e desencontros entre a imaginação e a realidade. O que vejo e o que sou capaz de trazer à tona nem sempre são a mesma coisa. O desenho - talvez como todos os outros processos simbólicos - habita um espaço de diálogo entre o desejo e a materialidade; um percurso que vai do espiritual à arte e da arte ao espiritual.  Nesses últimos tempos tenho sentido o desejo de ter mais ferramentas, mais espaço, mais camadas, mais resolução e acho importante seguir esse caminho. Imagino que em algum momento eu decida voltar ao paint, me pego com frequência pensando sobre pra onde quero voltar e volto

Dois textos sobre o meu curta.

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Escrevi o primeiro destes textos logo que terminei de pintar esse pôster e aí tive uns problemas digitais cuja resolução demorou tempo o suficiente para que eu escrevesse o segundo texto e fizesse um compilado de imagens pra acompanhá-lo.   Agora só falta terminar o som e o meu curta novo tá pronto! É difícil pra mim me sentir satisfeito com o que eu faço. Ainda assim, eu aprendi a perceber quando é a hora de parar. Feito é melhor do que perfeito e não sei o que e não sei que lá.  As vezes me sinto frustrado por não ter aprendido mais cedo o que eu sei agora. E eu sei que o aprendizado é um processo, que não se nasce sabendo, que a prática leva a perfeição e toda essa ladaia. Existe uma cisão entre o saber e o sentir. Não resta muito a fazer além de aceitar e isso não quer dizer que aceitar não seja difícil. Nestes últimos dois anos tenho tentado olhar pra mim mesmo. Pro que consigo, pro que não consigo, pro que tenho, pro que me falta, pro que ofereço, pro que preciso, pro que sou, pr