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Mostrando postagens de dezembro, 2022

Achei justo escrever algo pra marcar o fim do ano.

 Vi esses dias um sujeito declamando um poema em que dizia que foi esperta essa coisa de fatiar o tempo. Construir essa ideia de um tempo novo ao final de cada ano. Como se o ano que vem fosse outra coisa, diferente dos anos que foram e do ano que está sendo. Um ano novo, distinto e separado desse ano velho, capenga e cansado que ninguém aguenta mais.  Nunca fui muito de comemorar nada, não me ensinaram a fazer isso quando criança. Eu devia ter no máximo uns seis anos na última festa de aniversário que fizeram pra mim e por festa eu quero dizer que meu pai comprou um bolo. Fui ter festa de aniversário de novo só na faculdade se não me engano. Não sei se gostei. Li uma vez que é o tempo o nosso maior companheiro. As vezes sinto sua textura gosmenta escorrer pela minha pele e regozijo. Tá passando. Tudo passa. Pelo menos enquanto nos movimentamos pelo tempo de maneira linear. Mesmo que nem sempre na mesma velocidade.  Tenho aproveitado melhor o tempo. Mais Kairós e menos Chronos. E por a