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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Mais um quadrinho de leitura oriental.

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Metade é bem mais fácil de fazer do que tudo. É mais fácil de se fazer algo difícil quando a gente faz junto. E já faz um tempo que faço coisas com Gigi .  Este quadrinho foi desenhado em algum momento de 2021. Gigi sugeriu uma narrativa, trabalhamos juntos no roteiro, Gigi desenvolveu os personagens, eu organizei os quadros, fiz um primeiro rascunho das páginas com cenários e personagens, Gigi fez as linhas e eu trabalhei nos pretos, na iluminação e nos efeitos. Foi tudo feito digitalmente e sem muito estresse.  Eu sinto que a leitura das páginas 2 e 3 acabou um pouco confusas, principalmente por causa do posicionamento dos quadros. Mas no geral eu gostei bastante do resultado. Desenhar uma sala de aula com mesas e cadeiras valeu a pena, mas deu uma trabalheira desgraçada. Particularmente gosto muito da página 5, talvez a piada do final teria ficado melhor com uma página a mais de antecipação e sinto que todas essas - e algumas outras - são coisas pra se levar em consideração nos próx

O primeiro conto do ano: Mercúrio reflete Astarte.

Sempre teve muitos nomes e talvez tenha mais formas do que nomes. De tempos em tempos, os sujeitos se debruçam busca de seu nome verdadeiro ou de sua forma definitiva. De tempos em tempos alguém percebe que sua forma é o modo como mudam.  Não me parecem se importar com as leis dos homens ou com seus costumes. Aparecem em qualquer lugar em que alguém encontre e oferecem sempre o desejo de quem quer. Nem sempre é bom receber o que se deseja, como nem sempre se sabe o que é bom de desejar. O que se sabe, é que se deseja. As vezes gostaria de saber o que pensam sobre como existem, se é que pensam sobre isso ou sobre outras coisas. É difícil pensar sobre o que não se expressa de nenhuma forma além do efeito que causa. É fácil pensar no que se percebe, mesmo que não se perceba. O que não dá é pra pensar no que não se pode conceber.  Não sei se possui vontade. E mesmo que soubesse, não sei se isso importaria.  Nem sempre quem lhes procura encontra, nem sempre quem lhes encontra lhes percebe,