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Mostrando postagens de 2025

Não é um pouco desconfortável que ninguém nunca mais tenha falado nada sobre a reforma política depois do Impítimã da Dilma?

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Tenho pensado bastante sobre as coisas que faço. Tenho feito coisas legais. No começo do mês participei da feira de abertura de um projeto de exposição que eu e a Lua escrevemos. O projeto foi contemplado com um valor um pouco acima de trinta mil reais pela prefeitura de Canoas em um dos editais da Política Nacional Aldir Blanc de incentivo à cultura. A exposição de lambes conta com o trabalho de 37 artistas de municípios atingidos pelas enchentes de 2024. Os trabalhos vão passear por diferentes espaços do município de Canoas e da pra conferir mais detalhes sobre a exposição no instagram procurando pela Revoada Gráfica.  Tenho pensado bastante sobre cultura, patrimônio e essas coisas. Tô desenvolvendo um projeto de educação patrimonial aqui em Taquari e conversando com um doutorando do campo me percebi completamente desatualizado das discussões contemporâneas sobre o tema. Ainda nem terminei de ler a fenomenologia do espírito.  A abertura da exposição foi legal, teve uma banda...

Proposição artística: participe das reuniões dos conselhos de classe do seu município e produza algo a partir da experiência.

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 Essa coisa toda de artista é esquisita pra caramba. A um tempo atrás o Lucas me parou no meio de uma festa e me disse que era meu fã. Sei que o Gabriel já chorou lendo em voz alta um texto que escrevi. Pedro uma vez disse que tinha vontade de escrever uma pesquisa pensando na minha produção. Não sei qual o tamanho dessas coisas e de uma maneira ou outra elas me fazem sentir que tem algo de interessante no que produzo. Ari me encomendou um desenho a uns meses e achei isso bem maneiro. Ainda assim tem uma parte de mim que se encolhe e se esconde no meio da coisa toda.  Tenho muito medo de me impor sabendo do quão facilmente conseguiria e não sei muito bem como me sinto sobre isso. Desenho pra caramba, escrevo pra caramba, leio pra caramba, penso pra caramba e as vezes sinto que nada sai disso. Ainda assim tem gente que acredita em mim e no meu trampo e que se esforça pra que eu tenha as condições de continuar produzindo.  Continuo, nem sempre no mesmo ritmo. Tenho o costum...

Um relato subjetivo de uma ação interessante.

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 No ano de 2024 escrevi um projeto que foi contemplado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc pela prefeitura do município de Taquari, no Rio Grande do Sul. Nem sempre a realidade acontece igualzinho o planejamento e nesse caso ela aconteceu de uma maneira razoavelmente diferente.  A proposta era usar o espaço que tenho aqui na frente de casa como sala de aula pra trabalhar os fundamentos do desenho com jovens e adultos. Divulguei pelas redes sociais, pelo boca a boca e apesar de que algumas pessoas tenham demonstrado interesse nenhuma se comprometeu com a participação até o momento em que a divulgação chegou no EMEF Pedro Pereira Machado onde fui muito bem recebido pela direção que acolheu o projeto de braços abertos. Elas me apresentaram os horários que os alunos tinham disponíveis, me ofereceram uma sala e lá fui eu na quinta-feira seguinte. A turma era composta por estudantes do quinto ao nono ano do ensino fundamental e logo percebi que já existiam entre eles uma s...

Será se dá preu começar a me apresentar como escritor?

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Tenho me sentido progressivamente mais agressivo e menos raivoso. As vezes amo tanto as coisas que tenho vontade de destruir elas, abraçar até explodir e essas coisas. É um pouco assim que me sinto com a vida. O mundo vai de mal a pior já faz um bom tempo, eu tinha dezesseis anos quando percebi pela primeira vez. Acho que a coisa toda tá uma loucura tão maluca que me impressiona um pouco ver como as pessoas continuam vivendo. Sim, o modelo de vida globalizado explora os recursos naturais de uma maneira completamente descontrolada e destrutiva. Mas se não fosse assim, como compraríamos carros, eletrodomésticos e celulares? Se o mundo não for explorado como vamos comprar roupas, bolsas e sapatos? Sem criança escravizada como é que a gente vai viver sem chocolate? É complicado de mais mudar o mundo, sem a poluição sistemática dos nossos rios, como é que a sociedade vai lucrar? Imagina, se a gente parar com a exploração como é que vai ter um jogo novo do God of War? Não dá pra mudar o mund...