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Mostrando postagens de 2025

Proposição artística: participe das reuniões dos conselhos de classe do seu município e produza algo a partir da experiência.

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 Essa coisa toda de artista é esquisita pra caramba. A um tempo atrás o Lucas me parou no meio de uma festa e me disse que era meu fã. Sei que o Gabriel já chorou lendo em voz alta um texto que escrevi. Pedro uma vez disse que tinha vontade de escrever uma pesquisa pensando na minha produção. Não sei qual o tamanho dessas coisas e de uma maneira ou outra elas me fazem sentir que tem algo de interessante no que produzo. Ari me encomendou um desenho a uns meses e achei isso bem maneiro. Ainda assim tem uma parte de mim que se encolhe e se esconde no meio da coisa toda.  Tenho muito medo de me impor sabendo do quão facilmente conseguiria e não sei muito bem como me sinto sobre isso. Desenho pra caramba, escrevo pra caramba, leio pra caramba, penso pra caramba e as vezes sinto que nada sai disso. Ainda assim tem gente que acredita em mim e no meu trampo e que se esforça pra que eu tenha as condições de continuar produzindo.  Continuo, nem sempre no mesmo ritmo. Tenho o costum...

Um relato subjetivo de uma ação interessante.

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 No ano de 2024 escrevi um projeto que foi contemplado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc pela prefeitura do município de Taquari, no Rio Grande do Sul. Nem sempre a realidade acontece igualzinho o planejamento e nesse caso ela aconteceu de uma maneira razoavelmente diferente.  A proposta era usar o espaço que tenho aqui na frente de casa como sala de aula pra trabalhar os fundamentos do desenho com jovens e adultos. Divulguei pelas redes sociais, pelo boca a boca e apesar de que algumas pessoas tenham demonstrado interesse nenhuma se comprometeu com a participação até o momento em que a divulgação chegou no EMEF Pedro Pereira Machado onde fui muito bem recebido pela direção que acolheu o projeto de braços abertos. Elas me apresentaram os horários que os alunos tinham disponíveis, me ofereceram uma sala e lá fui eu na quinta-feira seguinte. A turma era composta por estudantes do quinto ao nono ano do ensino fundamental e logo percebi que já existiam entre eles uma s...

Será se dá preu começar a me apresentar como escritor?

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Tenho me sentido progressivamente mais agressivo e menos raivoso. As vezes amo tanto as coisas que tenho vontade de destruir elas, abraçar até explodir e essas coisas. É um pouco assim que me sinto com a vida. O mundo vai de mal a pior já faz um bom tempo, eu tinha dezesseis anos quando percebi pela primeira vez. Acho que a coisa toda tá uma loucura tão maluca que me impressiona um pouco ver como as pessoas continuam vivendo. Sim, o modelo de vida globalizado explora os recursos naturais de uma maneira completamente descontrolada e destrutiva. Mas se não fosse assim, como compraríamos carros, eletrodomésticos e celulares? Se o mundo não for explorado como vamos comprar roupas, bolsas e sapatos? Sem criança escravizada como é que a gente vai viver sem chocolate? É complicado de mais mudar o mundo, sem a poluição sistemática dos nossos rios, como é que a sociedade vai lucrar? Imagina, se a gente parar com a exploração como é que vai ter um jogo novo do God of War? Não dá pra mudar o mund...

Eu e Wal estamos namorando! Eu tô muito feliz!

Tenho um pouco de vergonha de falar de sentimentos positivos em público e acho isso engraçado. Queria escrever sobre a Wal, sobre essa coisa toda de namorados, sobre o passeio na beira da praia, sobre ficar do lado certo da calçada, sobre o jeito que o mundo inteiro desaparece quando ela sorri pra mim e eu fico completamente sem palavras. Olhar pra ela me emociona. Fico feliz quando penso que somos namorados e cada dia com ela é um conjunto maravilhoso de cenas de alegria, compreensão, amor e amizade.  Gosto de contar pra todo mundo que ela é muito forte e que de tempos em tempos me carrega nos ombros ou nas costas e que eu fico muito feliz quando isso acontece. Gosto de carregar ela também, a gente se exercita juntos e é muito legal! Ela sabe muito sobre muitas coisas e tem me ensinado um monte. O jeito como ela se expressa é deliberado e delicado e nada me faz sentir tão em paz quanto o rosto dela quando a gente relaxa. A parte de mim que ainda tem seis anos fica tentando gesticu...

Esse texto tinha uma introdução e eu apaguei ela.

Estado Terminal. Do lado da fila pra embarcar no ticen-tican no horário de pico, tinha um maluco com uma placa gigante dizendo que o mundo já acabou e ele falava muito alto e muito sério com alguns outros malucos que escolheram dar atenção pra ele e a conversa seguia mais ou menos assim. Existir fora da lei é uma questão de segurança! Qualquer idiota entende o que tá acontecendo dentro dos estados unidos agora e talvez seja importante prestar bastante atenção no modo como as leis são usadas pelas pessoas que estão no poder quando elas querem de verdade fazer alguma coisa. Porque quando elas não querem fazer alguma coisa a gente sabe como elas agem, a gente sabe como agem os legisladores que se comportam como quem sempre perde e os que se comportam como quem sempre ganha. E o problema de existir dentro da lei é que isso significa dançar o ritmo da dança das cadeiras de um monte de palhaço velho e rico com os quais literalmente nenhuma negociação de verdade é possível a não ser que você ...

Meu pai me disse que se eu abrandasse essas palavras e fosse menos chulo, mais gente ia gostar.

Gente com todo o respeito, porque é que a gente não tira um pouco da violência de Ares e entrega pra Atena? E porque é que Atena não empresta um pouco dos seus conselhos à Ares? Porque é que esses dois não transa e não vira uma coisa só? Porque é que a gente não pode só ter uma distribuição mais igualitária, organizada e honesta da violência? Porque é que a gente não pode devorar Ares e Atena em um banquete antropofágico e ficar cada um com um pouquinho da guerra em sí? E se a gente tirar da mão deles o domínio da violência mesmo? E se todo mundo ficar um pouquinho, só um pouquinho mais violento, pra que a gente consiga dividir o medo entendeu? Pra que ao invés de algumas pessoas ficarem com a violência e as outras com o medo a gente tivesse todos um pouquinho dos dois. A gente vai ficar mais seguro com isso? Não todos, não vai ser todo mundo que vai ficar mais seguro com isso, algumas pessoas vão estar mais ameaçadas do que o normal, porque a ideia é dividir mesmo, porque essas coisas...