O que não é fim é pausa.

Tenho aprendido a diminuir os tamanhos. Fazer pequeno e descobrir o possível tem me ajudado a compreender melhor os meus limites e as minhas faltas. Tenho sentido a necessidade de um pouco mais. 

Desenhar no paint foi parte de um processo interessantíssimo de descoberta e reconhecimento do meu próprio desenho, dos meus temas e de como desenhar as vezes não é nada além de um constante processo de encontros e desencontros entre a imaginação e a realidade. O que vejo e o que sou capaz de trazer à tona nem sempre são a mesma coisa. O desenho - talvez como todos os outros processos simbólicos - habita um espaço de diálogo entre o desejo e a materialidade; um percurso que vai do espiritual à arte e da arte ao espiritual. 

Nesses últimos tempos tenho sentido o desejo de ter mais ferramentas, mais espaço, mais camadas, mais resolução e acho importante seguir esse caminho. Imagino que em algum momento eu decida voltar ao paint, me pego com frequência pensando sobre pra onde quero voltar e volto a muitos lugares com uma certa frequência. Por enquanto é isso, eventualmente quero fazer alguns adesivos com os meus favoritos destes desenhos e talvez levar em algumas feiras. Mas do futuro só quem sabe é o tempo. 




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