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Não sei o que não sei que lá sustentar o paradoxo.

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As vezes acho que escrever também é um porrão. Tudo pra mim as vezes é um porrão ou uma encheção de saco ou algo que o valha. Sei lá eu li o apanhador no campo de centeio e as vezes eu penso um pouco do mesmo jeito que o Holden mesmo. É tudo uma grande porcaria e eu gosto muito de porcaria e acho porcaria uma coisa muito bonita e tudo o mais. Gastei muito a minha mente litarária escrevendo uns textos espertinhos no instagram esses dias e a ideia de escrever mais um texto espertinho me dá um pouco de vontade de furar as minhas próprias tripas com palitos de churrasco. Querer viver e se divertir e amar e fazer piada e sorrir as vezes parece contraditório com a constatação de que o mundo no qual somos forçados à viver desde o nascimento é uma grande porcaria e ao mesmo tempo acho que se um dia eu for incapaz de sorrir os porcos com certeza ganharam.  As vezes desenho porque acho importante, as vezes porque é preciso, as vezes porque quero, as vezes porque não tenho nada melhor pra faz...

Uma pausa para a escrita

escrevo tudo que escrevo de maneira completamente maníaca e desalinhada em um tipo completamente desregrado de fluxo de consciência. já me perguntei se um formato seria melhor do que outro e a não ser que segure rigorosamente as rédeas da significação sempre acabo escrevendo alguma coisa muito parecida com as palavras que saem da boca de um maluco balbuciante que carrega no peito uma placa enorme onde se pode ler que o mundo já acabou. Tenho pensado bastante sobre essa coisa toda de horror e ultraje nos últimos tempo. Tinha alguma coisa pra escrever aqui sobre o Oscar Wilde e a introdução do Retrato de Dorian Gray e a Luta Desarmada dos Subalternos. tem alguma coisa no cinema de horror e na Heavy Metal e no encontro com o que não escolheríamos encontrar que me parece um ponto importante de inflexão. Também sinto que tem algo importante no encontro com a sombra e no Psicopata Americano e n'A Substância e n'O Apanhador no Campo de Centeio e em House of Leaves e n'Os Despossuí...

O conhecimento é uma construção contemporânea e coletiva.

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 Nunca sei muito bem o quanto faz ou não faz sentido explicar algo com palavras. O que é um pouco engraçado levando em conta a quantia de palavras que falo e escrevo na maior parte do tempo. Alinhar símbolos e produzir significados é sempre uma tarefa hercúlea que corre sempre o risco da falha. Em algum momento aqui da pra inserir a música Common Ground do Jack Harlow pra apontar que os significados são variáveis de acordo com a perspectiva. Sempre me sinto um pouco esquisito quando percebo que pra algumas pessoas as palavras não significam o mesmo que significam pra mim. As vezes quando converso com pessoas novas destruo cada uma das palavras que quero dizer; estico, empurro, puxo e expando os limites da significação na tentativa de estabelecer um entendimento em comum do significado das coisas. Nem todo mundo tá disposto a discutir o significado das palavras ou a cogitar a possibilidade de que o que algo significa para si possa significa algo diferente para as outras pessoas....

Não é um pouco desconfortável que ninguém nunca mais tenha falado nada sobre a reforma política depois do Impítimã da Dilma?

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Tenho pensado bastante sobre as coisas que faço. Tenho feito coisas legais. No começo do mês participei da feira de abertura de um projeto de exposição que eu e a Lua escrevemos. O projeto foi contemplado com um valor um pouco acima de trinta mil reais pela prefeitura de Canoas em um dos editais da Política Nacional Aldir Blanc de incentivo à cultura. A exposição de lambes conta com o trabalho de 37 artistas de municípios atingidos pelas enchentes de 2024. Os trabalhos vão passear por diferentes espaços do município de Canoas e da pra conferir mais detalhes sobre a exposição no instagram procurando pela Revoada Gráfica.  Tenho pensado bastante sobre cultura, patrimônio e essas coisas. Tô desenvolvendo um projeto de educação patrimonial aqui em Taquari e conversando com um doutorando do campo me percebi completamente desatualizado das discussões contemporâneas sobre o tema. Ainda nem terminei de ler a fenomenologia do espírito.  A abertura da exposição foi legal, teve uma banda...

Proposição artística: participe das reuniões dos conselhos de classe do seu município e produza algo a partir da experiência.

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 Essa coisa toda de artista é esquisita pra caramba. A um tempo atrás o Lucas me parou no meio de uma festa e me disse que era meu fã. Sei que o Gabriel já chorou lendo em voz alta um texto que escrevi. Pedro uma vez disse que tinha vontade de escrever uma pesquisa pensando na minha produção. Não sei qual o tamanho dessas coisas e de uma maneira ou outra elas me fazem sentir que tem algo de interessante no que produzo. Ari me encomendou um desenho a uns meses e achei isso bem maneiro. Ainda assim tem uma parte de mim que se encolhe e se esconde no meio da coisa toda.  Tenho muito medo de me impor sabendo do quão facilmente conseguiria e não sei muito bem como me sinto sobre isso. Desenho pra caramba, escrevo pra caramba, leio pra caramba, penso pra caramba e as vezes sinto que nada sai disso. Ainda assim tem gente que acredita em mim e no meu trampo e que se esforça pra que eu tenha as condições de continuar produzindo.  Continuo, nem sempre no mesmo ritmo. Tenho o costum...