Fazer sentido ou fazer outra coisa?

 Não encontro palavras que signifiquem o que eu quero. Apago parágrafos e parágrafos que dizem muitas coisas que eu eu não quero dizer. Comunicar é dolorosamente difícil. E pior ainda é não fazê-lo. 

Os pensamentos se enrolam e me apertam a cabeça. Silêncio. Grito sem significado. Arranco palavras do centro do crânio e as edito assim que as leio. Ignoro o que quer ser dito. Encaro. Respiro.

Já apaguei muitas versões desse texto e de tantos outros. 

Raso e profundo. Uma construção lenta e trabalhosa de um ótimo argumento filosófico sobre abstrações. Os livros do Kandinsky. A obra de arte na era depois da sua reprodutibilidade técnica e os campos do Bordiueu que vão a merda. 

Tenho brincado com abstrações. Tem um texto do Matisse falando sobre o que acontece quando se introduz um vermelho a uma tela em branco que me marcou pra sempre. As vezes eu penso no Oiticica e em como ninguém nunca me contou que ele era anarquista. 

Penso na Vivian me ensinando a conversar com um desenho. No que significa um desenho em uma tela digital. Nessa busca incessante por significado. Nem sempre eu quero pensar. Eventualmente preciso reorganizar o layout desse blog.



















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