Não é um pouco desconfortável que ninguém nunca mais tenha falado nada sobre a reforma política depois do Impítimã da Dilma?

Tenho pensado bastante sobre as coisas que faço. Tenho feito coisas legais. No começo do mês participei da feira de abertura de um projeto de exposição que eu e a Lua escrevemos. O projeto foi contemplado com um valor um pouco acima de trinta mil reais pela prefeitura de Canoas em um dos editais da Política Nacional Aldir Blanc de incentivo à cultura. A exposição de lambes conta com o trabalho de 37 artistas de municípios atingidos pelas enchentes de 2024. Os trabalhos vão passear por diferentes espaços do município de Canoas e da pra conferir mais detalhes sobre a exposição no instagram procurando pela Revoada Gráfica. 

Tenho pensado bastante sobre cultura, patrimônio e essas coisas. Tô desenvolvendo um projeto de educação patrimonial aqui em Taquari e conversando com um doutorando do campo me percebi completamente desatualizado das discussões contemporâneas sobre o tema. Ainda nem terminei de ler a fenomenologia do espírito. 

A abertura da exposição foi legal, teve uma banda, um show de bonecos, uma video-apresentação e eu pintei uma parada grande ao longo da tarde também. Tenho pensado bastante sobre o acesso às coisas e aquele video do Nego Bispo dizendo que se existe uma barreira monetária para o acesso à algo esse algo não é orgânico. A parte que eu tô lendo agora do livro do Hegel falou bastante sobre organicidade também. A vida é uma coisa que tem por objetivo à própria reprodução, a cultura é uma expressão da vida. 

Ser não é parecer, parecer não é ser e acho engraçado sempre que vejo tudo aquilo que não é se esforçando pra parecer. Não sou, faço. A feira foi maneira e conversei com algumas pessoas legais durante ela. Comprei duas camisetas com estampas serigrafadas de anarquistas com os quais conversei e ganhei um pôster de um deles.

A cultura é a reprodução de um hábito que pode ou não gerar um produto cultural. A mercadoria é o produto cultural de uma sociedade orientada ao consumo. 
















Comentários