Toda vez tem que pensar em título.

 Escrevi o primeiro rascunho desse curta em 2019 e até pouco tempo atras eu ainda não me sentia muito confortável com o final. Eu tinha uma boa visão do tema, dos cenários e do personagem mas não sabia muito bem como resolver os temas da narrativa e a coisa toda acabou ficando parada por um bom tempo. 

Eu escrevi inclusive um monólogo sobre como eu não sabia o que fazer com essa ideia, talvez eu coloque ele no final desse texto. Em 2019 Ligui bolou uns conceitos pro personagem que eu perdi junto do meu computador antigo. Em algum momento dos últimos anos Gigi desenhou um primeiro rascunho de storyboard que até foi revisado, mas nunca desenvolvido. Agora eu peguei essas coisas e a memória delas e voltei a andar com o projeto.

Os últimos anos tem sido difíceis, algumas partes da vida se tornaram insustentáveis em 2022 e eu fui simplesmente atropelado pelo furacão que tem sido a vida. Doeu. Eu até que sou bom em sofrer mas esses últimos tempos têm sido complicados.

E um final pra esse roteiro simplesmente apareceu pra mim, depois o título e de repente trabalhar nisso simplesmente começou a fazer sentido. Mais sentido do que qualquer outra coisa no momento. Não sei se porque eu quero ou porque eu preciso, talvez pelos dois. 

Essa semana eu começo a animar - não sei muito bem quando termino, mas espero que logo. Espero que as coisas melhorem, sabendo que esperar não é o suficiente.






Comentários

  1. :)
    Vai dar bom, você sempre surpreende

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  2. Não sei se hoje há mais maturidade ou mais repertório, o que acaba dando no mesmo, mas eu achei uma pasta de ilustrações antigas que eu fiz e me surpreendi como não são tão ruins como eu pensava. Uma delas estava inacabada e eu carregava ela por muitos anos tentando aprimorar ou pelo menos entender qual me propósito com ela. Nesse dia, eu olhei pra ela e consegui dar um norte pro que eu queria e fiquei satisfeita.

    Não foi rápido, mas fluiu bem. Vendo seu relato eu me perguntei se era a mesma situação, de algo que passou a fazer sentido depois de ter perdido totalmente o rumo e a vontade. Acho que as coisas acontecem no tempo de acontecer, afinal.

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    1. Pôh, quanto eu fazia aula de pintura as vezes meu professor percebia que eu tava lutando muito com a pintura e me mandava embora do ateliê, tomar um café ou ir pra casa mesmo e dar um tempo. Sempre que eu voltava dessas pausas a coisa toda parecia mais fácil de resolver e eu sinto que as vezes a gente precisa de um tempo pra tirar as coisas da frente da cabeça e eventualmente ver elas de novo com os olhos mais frescos ou alguma coisa assim.

      Eu gosto de pensar nessas coisas como uma vida ou uma receita ou alguma coisa do tipo e as vezes elas precisam de cuidado, as vezes de um bom terreno, as vezes de um bom alimento e as vezes elas só precisam que a gente espere o tempo que elas precisam pra se desenvolver onde estão. Então acho que sim, é mais ou menos esse sentimento sim, de reencontrar algo que antes parecia confuso mas agora com mais clareza.

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