Dia desses eu fiz aniversário e só o que eu tenho são perguntas.

Existe crime em uma terra sem lei? Quando a polícia é assassina como saber quem é o bandido? Como alguém que nunca foi cuidado vai saber cuidar de si? Como é que se sente? Como é que se vive? Como é que se morre? De quem se fala? A quem essas perguntas se referem? Quem tem feito as perguntas? Pra quem tem perguntado? Quem tem respondido? De que é que isso tudo importa?

Pra quem é que isso tudo importa? O que é isso tudo? O que é isso? O que é o outro? O que tem em mim? Do que somos feitos? Quando estamos prontos? Pra onde a gente vai? Como a gente vai? Com quem? Por quê? Precisa mesmo ir? Tem motivos pra ficar? Pode ser como está sendo? Não tem nada pra mudar?

Como se opera uma mudança? Como faz pra transformar? Será que importa o querer ser? Como é que ser vai ser estar? Como é que se está? De quem se gosta? Do que se precisa? O que se pode oferecer? Pra quem é que se oferece? O que se pode querer ser? O que não se consegue? O que te trouxe até aqui? O que tem achado do caminho? 

Do que ainda se lembra? Do que prefere se esquecer? Com quem é que se caminha? Quem se põe pelo caminho? Quem caminha lado a lado? Quem se ajuda a caminhar? Como caminhamos juntos? Como escolher um lugar? Quem escolhe pra onde vamos? Quem impede de chegar? 

Quem mandou construir isso? E quem foi que construiu? Quanto tempo demorou? Do que é que foi preciso? Da pra construir de novo? De outra forma? Parecido? Será que esse é o melhor jeito? O que mais da pra fazer? Da pra testar outra coisa? Da pra desobedecer? 

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